Começo por definir que a Guerra dos cem anos durou concretamente 116 anos, com paragens periódicas de conflitos armados, mas os dois principais intervenientes estavam em pé de guerra mesma nessa altura, havendo escaramuças periódicas. Também se chama guerra ao período frio de recuperações e de traçados de estratégias. A guerra dos cem anos durou de 1337 a 1453. Foi uma Guerra travada entre a França e a Inglaterra. Pelo ano de 1328 o rei de França morre sem deixar descendência, logo a coroa passa para o primo, mas eis que Henrique VIII de Inglaterra era também parente directo do rei Francês, pois sua mãe era irmã do falecido. Este facto era o suficiente para se achar rei dos dois países, mas os Franceses não aceitaram e acharam mesmo ser uma afronta. Em 1337 o rei Inglês arma um exercito e atravessa o canal que separa os dois países e invade a França. Em pouco tempo os franceses vão perdendo praças importantes como Reims, Paris, etc em batalhas em Crecy , Poitiers e Agincourt, onde são esmagados os seus exércitos facilmente. Os Ingleses tinham uns aliados ali perto da França com quem negociavam vilmente, pois parece que as suas intenções, mesmo com eles não eram sérias. Eram os burgunhões, que davam-se em paz com a França mas pondo-se muitas vezes pelos Ingleses, outras pelos Franceses, no fundo queriam o melhor para eles. Atacavam também as praças e os territórios Franceses. Em pouco tempo a França fica reduzida ao sul, em que somente uma fronteira natural separa as hostes. Em Bloi o Delfim fica á procura de uma saída para um reino exaurido e sem futuro. É nessa conjuntura que existia um mito que uma vez, uma donzela de Lorena ainda Virgem viria num cavalo de estandarte em riste e salvaria a França.
E é que por volta de 1412 nasce uma menina em Domeremy, Lorena, no norte de França, em território hostil burgunhão, e desde criança que passando tempo demasiado na Igreja dialogava com os anjos e santos guerreiros como o Arcanjo Miguel e Santa Margarida, e via imagens e palavras que lhe diziam que deveria ser uma boa cristã, para mais tarde lhe darem supostos sinais que ela interpretou como sendo mensagens divinas de algo que ela deveria fazer muito em breve " Joana...joana... vais servir um propósito maior querida Joana!" Aos 19 anos, em 1428 parte para a corte do Delfim em Blois e lá convence o rei da sua missão, que estava ali para salvar a França e coroa-lo rei. Fez os exames provando que era quem dizia ser ser e parte para Orleães com 10 mil homens e conquista a praça num só dia no que parecia ser inexpugnável. Joana entra em Orleães vitoriosa. Novas batalhas se dão e Joana vai ganhando todas, ao chegar a Reims, O delfim é coroado após a tomada da praça, que era importante pois lá, desde o tempo do rei Clóvis que se coroavam todos os reis Franceses. Mas assim que o Rei teve a coroa na cabeça, procurou entrar em negociações com o Inimigo, facto que Joana repugnou, mas decidida foi ver se tomava Paris. A campanha parecia difícil mas já não podia contar com um séquito tão grande. Foi apanhada numa emboscada pelos burgunhões e feita prisioneira. A França chorou de morte nesse dia. O rei Frances tenta entrar em negociações com os burgonhões, pela pressão dos generais Franceses como La Hire e o duque D' Alençon, mas sem êxito. Joana esteve em cativeiro o tempo suficiente até ser levada para Ruão onde seria julgada e executada. Os generais ainda tentaram fazer uma emboscada em Ruão, com o fim de salvar a Donzela, mas foram enganados e desbaratados. Joana esteve muito tempo a ser julgada pelo bispo de Ruão, e deu uma luta monumental, pois não se conseguia faze-la totalmente culpada, Joana não se achava culpada de nada de que a acusavam e então foi entregue pela Igreja ao poder secular (o governo Ingles) que faria com ela o que quisesse. Assim Joana foi julgada de uma série de coisas que mais tarde a própria Igreja viria a reconhecer como falsas e executada na Fogueira em 1431.
Quem pensou que o facto iria acalmar os Franceses enganou-se, o exercito inflamado pelas noticias em Ruão, e sentindo-se completamente impotentes, tinham aí um motivo para lutar até ao fim e acabaram por conquistar Paris e salvar posteriormente a França do Jugo Inglês.
Joana foi canonizada em 1903 e tornou-se santa no mundo Cristão.
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