Na sequencia do que tem vindo a ser falado acerca da Arqueologia, queria dizer que é essencial que se perceba que esta área nada tem de simples e abreviatório mas que tem várias respostas nos campos da reflexão e do conhecimento do que se pretende na verdade realçar.
Destaco o papel dos Castelos em território Português, mais concretamente os que se tornariam cabeça de terra. Eram Castelos que imprimiam uma posição, estavam ali não propriamente para e só exercer um vinculo de poder hierárquico, laço com um senhor e com a terra em tempos conturbados. Em que a terra se destacava com um cunho senhorial. O Castelo também era um instrumento, uso cincrónico de comando e de controlo das terras envolventes, era um meio de exercer justiça e ordem sobre quem daquelas terras estava dependente, ou dependente do senhor das terras e ao mesmo tempo exercia um laço com essas populações que fazia todo o sentido na perspectiva da hierarquia de comando feudal. Mas além disso tinha um papel activo na defesa do espaço nacional, e aí poder-se-ia especificar os Castelos de fronteira que cresceram no tempo de D. Dinis, qunado são necessários para definir uma posição de poder face a outros povos (questão politica externa), mas já numa posição intrena, em que o comando central é forte.
O Castelo não era apenas e só um meio de força imprimida no espaço, era também usado para o mesmo fim nas mentalidades para não falar que era um meio de fazer sentir proeminente o comando/defesa da região mesmo entre as populações. Mas tal espaço não era apenas um meio para tudo isto. O Catelo era um meio de identidade do povo da região e do comando que ali era exercido, assim o Castelo permitia uma ligação profunda das populações com a terra, da sua história e das suas raizes, mantendo a função de resguardo e união. Era um meio de confluencia social e politica entre as populações e a terra.
Fonte:
-BARROCA, Dr. Mario Jorge;"Nova História Militar de Portugal- vol. 1".
Sem comentários:
Enviar um comentário