Numa posição em que me dedico muitas vezes, eu percebo que há muita gente que não entende o que se passa em seu redor! Este post deveria chamar-se Apocalipse de ideias Antropológicas...na medida em que o que vou falar tem especial teor no cuidado de notas essenciais que tenho visto, tenho lido e presenciado.
Há uma camada de pessoas que gosta da cultura como algo inerente á própria identidade, á própria raiz de onde tudo parece ter surgido. Mas pensar que as coisas têm um fundo meramente cientifico é caír num pensamento muito "light", é pegar apenas num remo do pensamento para remar para...o eterno redemoinho das ideias! É necessário que se veja que as coisas não têm perceptivamente que ser entendidas como algo que deve ser analisado com tanta observação hepotética que seja "light" e baseada na dúvida e no erro. Se tivessemos a paciencia para tentar descortinar um pouco da verdade que nos envolve, conectando-nos com o que se passa com o meio...provavelmente teriamos mais respostas! Aqui entra o mundo dos sentidos que nos diz "sejam bem vindos!" Mas não é um mundo que deva ser relegado, porque explica já muita gente, e penso que é já da capacidade de percepção de todos que é algo a explorar com veemencia, até para não se caír no erro do pensamento meramente analitico que nos fará caír prostrados contra uma parede da razão.
Depois há a verdade que muitos procuram, e a mantira em que outros procuram esconder-se, filha da ignorancia. Quem generaliza uma amostra analisada caí em erro, no erro do pré-pensamento estabelecido que é filho da mentira. A descoberta, filha da verdade tem vários filhos como a claridade e a percepção exacta, que denunciam as patranhas da mentira e de seus filhos... é estranho ver que as pessoas ao não saberem, não se dão ao cuidado de "ir ver" , "procurar", "tentar encontrar respostas", sem esse sacrificio, porque levam a vida numa "não tou para me chatear" depois são levados pelo rídiculo quando falam. Não falo em ninguém em particular mas todos sabem que é assim.
E perguntam os leitores "Oh a.p. isso tudo já sabemos e é até muito certo ...mas o que queres explicar com tudo isso?"
E aí eu explico que o que quero falar é sobre algumas hierofanias de que fala Historiador Mircea Eliade e que são tão mal entendidas.
Este Historiador, estudou durante parte da sua vida as religiões e o sagrado e o profano, estudou as populações na base social e da crença desde as origens, e o que ele explica muitas vezes, leva-me a crer que o homem, como ser social, e ao perceber a sua necessidade de se interligar com a terra, ele procurava um vinculo com o que não podia controlar, mas com o que ele etendeu que era um ser que fazia parte desse mesmo meio...é daí que resulta que ele busque uma importancia para a morte ao entender que ela faz parte da existencia, e da mesma forma aos ritos de passagem da vida.
Com isto demonstro a minha indignação perante ideias que acho ridiculas e alvo de chacota quando se mostram, meramente racionais de tão efemeras que são; tais como; "O homem começou a enterrar os seus mortos por medo de represálias" , " o homem que enterrou o primeiro homem, foi o seu assasino, e por medo que este surgisse de outra forma, resolveu ao menos dar-lhe um enterro digno", " o homem enterra os sueus mortos porque percebeu que mais tarde iria ser castigado, por os ter facilitado na entrada do mundo que desconhece", " o homem ao perceber que tinha morto alguém, e por ter sido vil o seu acto, para se redimir, deu-lhe um enterro digo" ...a estas ideias eu pergunto refutando, Quem é que lá estava para definir que isto foi assim? Querem dizer-me a mim que se enterrava os entes queridos, mortos por uma catastrofe da natureza, ou numa caça ao javali, porque se enviabilizou a morte destes?
Eu a imaginar:
" O bugano estava em casa todo chateado porque não podia ir á caça com o Iumo. Estava com um pé ferido da ultima caçada e pensava para si enquanto batia silex no silex;
- " grunf! o sacana do Iumo pode ir á caça do javali! Havia de morrer o sacana!
Bugano acorda com a comunidade a anunciar a morte do outro chefe Iumo, morrera numa luta de um clã de javalis desconhecido na região- Bugano, ficou aflito e depressa deixou que o medo tomasse conta dele, e ao ver o corpo do chefe amigo, entendeu que tinha feito pela morte do mesmo e fez-lhe um enterro digno de chefe.
Conclusão: Será percepetivel e viável aceitar que isto podesse ser assim? - I don't think so!
E a pensar "quem sabe?"- então calamo-nos todos, mas também não tomemos juizos infundados.
Mas suponhamos que estão a falar de pessoas más (fantasiando que os primeiros homens, e os que se seguiram eram todos maus), porque também havia gente boa, com olhos para o futuro - e estes também mataram os seus ente-queridos? E somos todos filhos de assassinos que tenta dar uma morte digna a alguém que matamos para mostrar-mos uma falsa redimição face á natureza?... por favor.
O homem primeiro, o que surgiu na terra... nem sabia o que matar significa, nem tinha noção do conflito como ele vem mais tarde a ser entendido. É forçoso que se entenda que ele, como ser (antes de mais nada) vivo, era integrante com o meio, vivia nele e para ele. entendeu que não o comandava, antes, que era parte fundamental nele mesmo. Depois é que surgiram os que vieram com a mania que comadam tudo, que tudo podem, mandar e desmandar, dar a vida e assassina-la. É ridiculo aceitar á luz da psicologia actual, que o homem desde os primórdios tentou dominar tudo, ou que começou a ter medo do que vinha pela proa, como resposta de actos que ele nem sabia que tinham tais nomes. Achava-se rei e senhor- meus amigos isto foi sempre um pensamento sentimento a que dá corpo o homem para estabelecer a sua ordem. Nada tem a ver com o que tenho ouvido e lido que devia era ser alvo de chacota permente.
Quando pego num livro "que não divulgo o nome por respeito" e leio que o homem começou a enterrar os seus mortos porque ao ter praticado tal acto, sentiu o medo de uma represalia imediata do defunto, porque foi (quase de certeza) seu assassino- isto é uma grave demonstração da ignorancia identitária da existencia inicial que foi a do homem neste mundo. Na medida em que consegui enetnder o autor, ele explicava que se os filhos são maus para os pais ou vice-versa, era porque numa outra ocasião no tempo uma das partes teria chegado ao ponto de ter de se redimir...e aqui eu até entendo, se falamos em casos expecificos a que um outro autor, num outro livro explica, incluindo Freud em passagens que vale a pena referir. Mas não era bem isto que o autor queria evidenciar. Pelo menos não me parece. Leva-me a supor que não se estuda profundamente nada do genero e que importa para o autor acusar logo de entrada que todos os problemas psicologicos do homem a niveis; sociais, familiares, de animozidade, etc. nos dias de hoje se devem ao facto do inconsciente se ver constantemente em mãos com o sagrado e o profano e por vezes não sabe lidar com tal realidade temendo-a, desde os tempos idos da existencia.
Isto pode ser assim, mas, em dados momentos da vida humana, em dadas ocasiões em que o homem erra, ou por problemas ou pela força das circunstancias, não deve ser visto como sistema permanente de estudo para iniciar uma analise da mente e dos comportamentos humanos, arquivando-a num amostra só para que deva ser generalizada.
Demo-nos ao trabalho de investigar e querer entender para falar depois sem caír no ridiculo!
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