Quem olha para esta forma de vida pensa e reflecte a cada passo; se for do vulgo ignorante, «esta senhora não interessa, é considerada estorvo», se for do vulgo interessado, «é uma rapariga gira e tal». Mas se for um amante inveterado; «bem, esta é a Gigante dos nossos olhos».
A Arqueologia, como prática, é interessante porque é uma forma de, através do nosso sistema sensorial, descobrirmos mais do que aquilo que nos é mostrado nos livros e manuscritos. O Arqueólogo pode, sente-se, e deve sentir, ao chegar aos locais, ligar-se a eles e viver nesse momento com eles a forma mais rica da vida; a existencia material e espiritual.
Assim, fazendo uma ligação desta natureza, pode consentir saborear as memórias que apesar de não estarem descritas muitas vezes no local, sentem-se, cheiram-se, ouvem-se...só não encontra tais palavras neste trabalho quem não faz a ligação, quem não sabe saborear o que se lhe apresenta. Não pode, a meu ver, ouvir o que o local transmite atravez de um momento que despoleta em nós.
Muita gente o realiza de várias maneiras; tira fotografias, limita-se a escavar os locais para descobrir achados que têm sem dúvida um valor histórico e uma história, (todos eles contam, dão-nos a luz e novos sons da vida humana do passado). Sim é notavel sentir isso, unico. Mas eu não procuro fazer só isso. Eu busco chegar aos locais e senti-los, cheira-los, tocar naquela terra que aparenta estar nua, com as minhas mãos nuas, nem que ela seja crestada, e sentir o que ela transmite, mesmo que seja aparentemente, indicifrável. Ah se todos fizessemos isso...
Isto não é único, é incomparavel, soberbo. Por isso é que cada local não deve ser descaracterizado, tirando-lhe o que nele ficou guardado, e isso inclui os objectos peretencentes a memórias guardadas que nos revelam tanto, que nos falam de tanto, que nos abrem luzes no passado, nos fazem perceber como eram as coisas, que tantas vezes é relegado, e deveria ser mais atendido. A paisagem, seja ela qual for, é uma amalgama de passado que deve ser encarado, a meu ver, desta forma, e sentida com o respeito que deve.
Isto não é único, é incomparavel, soberbo. Por isso é que cada local não deve ser descaracterizado, tirando-lhe o que nele ficou guardado, e isso inclui os objectos peretencentes a memórias guardadas que nos revelam tanto, que nos falam de tanto, que nos abrem luzes no passado, nos fazem perceber como eram as coisas, que tantas vezes é relegado, e deveria ser mais atendido. A paisagem, seja ela qual for, é uma amalgama de passado que deve ser encarado, a meu ver, desta forma, e sentida com o respeito que deve.
Se me perguntarem: «Esta nossa Arqueologia é uma forma de viver?» eu respoderei: «É uma vontade de viver!»
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