Os Castelos eram meios de defesa territorial, mas eram também espaços de acção judicial, aí se faziam julgamentos e aplicava-se o feudo e as leis que vigoravam. Os castelos eram espaços que faziam impor a condição do senhor dessa região. Nos tempos de descentralização de poderes, esse senhor fazia vigorar a lei por ele erguida, as coimas e as fussadeiras bem como o dizimo mudavam de região para região. Era assim que os grandes senhores, com as suas mesnadas, reinavam com punho de ferro mesmo face ao monarca. Os Castelos garantiam, desde os seus primordios, que aquelas regiões eram protegidas mesmo contra os senhores adversários. Esta força era aplicada nas populações, estas tinham deveres perante o senhor das terras onde trabalhavam e deviam-lhes vassalagem. O castelo gótico como castelo de planicie de cota baixa era feito para resistir a investidas, ao contrário do castelo romanico, mais robusto, de cota alta e sem meios de ataque sufisticados, mais criado para resistir. O Castelo gótico tinha uma arquitectura que lhe permitia ter uma atitude mais activa no meio de combate, isso activava uma ordem de coisas que deveriam mudar, com o tempo de ataques e invasões, mudam os Castelos, mudam os meios de defesa pessoal entre os soldados que se torna melhorada. As espadas e as lanças tornam-se igualmente melhoradas. As armaduras surgem de outros materiais mais resistentes e é o tempo do arnez. Os engenhos de defesa/ataque também mudam e assim é com as estratégias de combate, a que os grandes lideres vão beber aos romanos e aos muçulmanos. Os Castelos de fronteira vão ser então, meios de defesa ainda mais sufisticados, porque esses lugares eram, em tempo de afirmação de fronteira, alvo de constantes ataques do inimigo. Dessa forma a posição do castelo era importante na medida em que promovia uma posição de imponência e de supremacia no terreno que no tempo de centralização do poder regio, vai ser extremamente importante, uma vez que sob um poder central os senhores feudais tornam-se vassalos e o poder na figura do rei impõem uma razão de ser á própria acção da monarquia perante o povo que quer governar. O rei é uma figura impar entre os seus pares que busca o comando, negociando com os seus vassalos, porque acaontecia que o poder dos vassalos era superior ao seu, era necessário diplomacia. Mas na maior parte das vezes o rei conseguia impor a sua posição e fazer valer a sua palavra. Os vassalos pedentes para o lado do rei,teriam a sua mesnada á sua disposição e atuariam sempre sem seu auxilio no que fosse preciso.